Em comemoração ao Dia Mundial das Lontras, celebrado anualmente na última quarta-feira de maio, o Projeto Ariranhas realizou uma série de ações para sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de conservar essas espécies, que são sentinelas de qualidade da água.

Participamos do webinar #DiaMundialdaLontra, organizado pelo International Otter Survival Fund, onde apresentamos a palestra “Projeto Ariranhas e seu trabalho com as lontras gigantes”. Além disso, desenvolvemos diversas ações com comunidades locais e instituições parceiras.

Em colaboração com o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e por meio do Programa de Monitoramento de Conservação de Ariranhas (Pró-Ariranha), realizamos atividades lúdicas e educativas para cerca de 150 alunos do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Aristeu Camargo, em Caseara, Tocantins. 

Nosso objetivo foi sensibilizar as crianças sobre a importância da conservação das lontras, abordando as ameaças que esses animais enfrentam e as medidas para garantir sua sobrevivência, promovendo uma coexistência harmônica com os seres humanos. 

As atividades incluíram trilhas, aplicação de moldes de pegadas na areia para identificar vestígios dos animais, demonstração de métodos de pesquisa e monitoramento das ariranhas no Parque Estadual do Cantão, além da confecção de máscaras de ariranhas e pinturas de desenhos.

Também realizamos atividades na Escola Infantil Dr. Paiva de Oliveira, no Distrito de Pocinhos do Rio Verde, em Caldas, Minas Gerais, com 17 crianças do 1º ano infantil. Apresentamos curiosidades da fauna brasileira, incluindo a ariranha, enfatizando a importância da nossa biodiversidade e a necessidade de conservá-la.

Em parceria com o Aquário de São Paulo, organizamos a segunda edição da “Semana das Lontras“.  O evento ocorreu entre os dias 25 de maio e 01 de julho, com diversas atividades voltadas para envolver o público em uma programação educativa e interativa. Recebemos varias escolas, atendendo aproximadamente 300 crianças, além do público em geral. Tanto o público escolar quanto os visitantes, tiveram a oportunidade de assistir a apresentações sobre a importância ecológica da ariranha, os desafios para a conservação da espécie, a necessidade da convivência harmônica entre a espécie e seres humanos, e as ações desenvolvidas pelo Projeto Ariranhas. Os visitantes puderam conhecer os hábitos das lontras e ariranhas e os desafios enfrentados em seu ambiente natural, proporcionando um contexto essencial para a compreensão de sua conservação.

Além disso, realizamos jogos educativos e dinâmicas interativas para despertar o interesse pelo conhecimento das espécies, especialmente a ariranha, foco principal do evento. Para engajar ainda mais os participantes, distribuímos brindes temáticos que celebraram a semana dedicada às lontras e incentivaram a participação e o envolvimento do público nas ações de conservação das espécies.

O evento também foi uma oportunidade para divulgar os esforços do Projeto Ariranhas na pesquisa e conservação da ariranha. A “Semana das Lontras” não apenas fortaleceu a conexão entre o público e as espécies, mas também reforçou o compromisso do Projeto Ariranhas com a formação do sujeito ecológico e a conservação da biodiversidade.

A educação ambiental é um dos pilares para trilhar a nossa missão, convidando as pessoas a serem protagonistas na conservação da ariranha e do seu ecossistema.

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Jessika Albuquerque – graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB, Campina Grande) e em formação como Designer Gráfico pelo Centro de Capacitação Profissional InforQuality. Possui experiência em estágios e voluntariados nas áreas de comunicação, com ênfase em produção de conteúdo e gestão de redes sociais, divulgação científica, percepção e educação ambiental, ensino experimental de ciências e conservação de mamíferos. No Projeto Ariranhas, atua principalmente na comunicação, gerenciando e produzindo conteúdo para redes sociais (Instagram, Threads, Facebook, LinkedIn, YouTube e website), além de colaborar no monitoramento de ariranhas no Pantanal e em ações de sensibilização e educação ambiental.

Greice Gonchoroski – Mestranda (bolsista CNPq) no Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal (PPGBAN) – UFRGS. Médica Veterinária pelo Centro Universitário Ritter dos Reis – UniRitter (bolsista PROUNI-MEC) com atuação nas áreas de Medicina e Conservação de Animais Silvestres, e Parasitologia Animal. Colaboradora em Projetos de pesquisa na área de monitoria de mamíferos silvestres e sanidade animal junto ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor- IPVDF.

Gabriel Brutti – fundador do Projeto Dispersar, é biólogo, professor e fotógrafo profissional. Formado em Técnico em Meio Ambiente e Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Farroupilha (IFFar) campus Santa Rosa-RS, atuou como bolsista e voluntário em projetos de pesquisa com aves em conjunto de projetos extensionistas voltados para a educação ambiental. Atualmente é aluno de pós graduação em Biodiversidade e Conservação no IFFar campus Panambi – RS e integrante do Projeto Ariranhas.

Gabriela Duarte – Mestra em Biologia pela Universidade de São Paulo (USP), atua em diferentes áreas do Projeto, como na coleta e análise de dados sobre ariranhas no Pantanal Sul; realização de atividades educativas/treinamento que buscam aumentar a informação sobre as ariranhas e estreitar a ligação do público com esse grupo de animais; e auxílio da equipe nas atividades administrativas.

George Leandro – Biólogo, Sanitarista, viveu e atuou profissionalmente em alguns estados do Brasil, possui experiência com gestão de UC e conservação de espécies ameaçadas. Morou e trabalhou com populações tradicionais em áreas isoladas, além de ter participado de projetos e ações sociais em áreas urbanas e rurais.

Letícia Graciano – ilustradora e arte educadora, graduada em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas. Pesquisadora da cultura da infância, trabalhou em algumas ongs no estado de São Paulo proporcionando vivências artísticas para crianças e adolescentes. Convive com populações rurais, além de acompanhar e participar de projetos de conservação no Brasil há alguns anos.

Fernando Rodrigo Tortato – Doutor em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso. Fernando é pesquisador associado da ONG Panthera e atua há mais de 10 anos em projetos voltados à conservação da onça-pintada. Em seu doutorado avaliou como a atividade de turismo pode representar uma ferramenta para conservação da onça-pintada no Pantanal. Em suas atividades de campo no Pantanal, é muito frequente a observação de ariranhas. Fernando tem interesse em entender como a atividade de turismo pode afetar o comportamento e sobrevivência destes incríveis mustelídeos. Fernando desempenha o papel de colaborador do Projeto Ariranhas, auxiliando no contato com lideranças locais, apoio logístico e na divulgação das ações desenvolvidas.

Nicole Duplaix – doutora em Ecologia pela Universidade de Paris, França. Nicole estudou lontras por 45 anos e agora está focada em pesquisa e conservação de lontras na Asia e América do Sul. Ela é fundadora e co-presidente do grupo de especialistas em lontra da IUCN-SSC – a autoridade global em conservação de lontras. Ela leciona cursos de Biologia da Conservação e Planejamento de Recuperação de Espécies na Oregon State University.

Mariana Malzoni Furtado – Veterinária, formada em 2002 pela Universidade de São Paulo, com doutorado em Ciências em 2010 pelo Programa de Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses do VPS/USP e pós-doutorado em Epidemiologia Animal em 2014. Atua há mais de 18 anos na Conservação de Animais Silvestres em diferentes biomas brasileiros como Pantanal, Amazônia, Cerrado e Caatinga, com ênfase em Medicina da Conservação, Epidemiologia Animal, Doenças Infecciosas e Interação entre animais domésticos e silvestres. Pesquisadora do Instituto Onça Pintada de 2003 a 2014, contribuiu em projetos de pesquisa em conservação de animais silvestres atuando como médica veterinária e gerente de Medicina da Conservação. Possui experiência com diferentes métodos de captura de animais silvestres de vida livre, tendo anestesiado e manejado mais de 200 animais de diferentes espécies, incluindo onça-pintada, lobo-guará, ariranha, jaguatirica, gato-palheiro, cachorro-do-mato, queixada, tatu-canastra, entre outros. Colabora desde 2007 com projetos de pesquisa com ariranhas, realizando capturas e cirurgias para implante de radio transmissor e avaliação sanitária da espécie. Sempre estudando, publicando e contribuindo para a disseminação da Medicina da Conservação e importância de estudos epidemiológicos em animais silvestres.

Karen Arine Souza – Ecóloga, Guia de Turismo naturalista há 10 anos, começou a guiar no Pantanal de MS e depois se mudou para o Mato Grosso do Sul. Em 2020 trabalhou no “Jaguar ID Project”, coletando dados para a conservação da Onça-pintada e avaliando a população no período pós-incêndio. Atualmente Karen participa do Projeto Ariranha, atuando em ações direcionadas às comunidades tradicionais no Pantanal. Karen é membra fundadora da Associação de Turismo do Pantanal Norte (Aecopan), tendo atuado como diretora administrativa de 2015 a 2017 e atualmente é membra do conselho. A associação tem como objetivo conservar o Pantanal Norte, utilizando o ecoturismo como ferramenta de desenvolvimento socioambiental, visando as boas práticas e a sustentabilidade de todas as suas atividades.

Lívia de Almeida Rodrigues – Bióloga e Analista Ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do ICMBio (ICMBio/CENAP). Começou a trabalhar com ecologia de lontras no estado do Rio de Janeiro em 2002. Desde 2011 Lívia atua na elaboração de estratégias de conservação da fauna brasileira ameaçada de extinção, entre elas os Planos de Ação Nacional e a avaliação do risco de extinção dos carnívoros brasileiros. É membro do Grupo de Especialista de lontras da IUCN

Samara Almeida – bióloga e mestre em Ciências Biológicas, trabalha há 6 anos com ariranhas no estado do Tocantins, atuando na área de Conservação, Monitoramento, Educação ambiental, Comunicação e Comportamento animal. Atualmente Samara coordena uma pesquisa sobre comunicação acústica de ariranhas no Parque Estadual do Cantão, Tocantins, que faz parte da sua tese de doutorado.

Nathalie Foerster – Bióloga e atualmente aluna de doutorado do Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Nathalie vem desenvolvendo sua tese de doutorado sobre ecologia comportamental e bioacústica de ariranhas na região do Miranda no Pantanal do Mato Grosso do Sul.

Grazielle Soresini – Veterinária, especialista em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e mestre em Ciência Animal. Em 2019 Grazi finalizou seu doutorado em Ecologia e Conservação pela UFMS, realizando sua tese sobre genética e saúde de ariranhas. Atuou profissionalmente realizando atendimento veterinário clínico e cirúrgico em aves, répteis e mamíferos silvestres em diversas instituições. Sócia da Clínica Vida Livre – Medicina de Animais Selvagens (Curitiba/PR), primeira clínica veterinária do Brasil especializada em animais selvagens. Desde 2015 vem atuando em atividades de campo e monitoramento de grupos de ariranhas no Pantanal. É membro voluntário do Grupo de Especialistas em Lontras da IUCN (Otter Specialist Group) desde 2016.

Abigail Martin – Zoóloga Americana. Em 2015 Abbie criou o Projeto “Jaguar Identification Project”, na inspiração de adicionar valor à maior planície de inundação do mundo, o Pantanal. O “Jaguar ID Project” usa ciência cidadã e armadilhas fotográficas para monitorar a ecologia e o comportamento da população de onças da região do Parque Estadual Encontro das Águas e Porto Jofre no Pantanal Norte. Durante os anos que vem observando onças ao longo dos rios da região, Abbie também segue os grupos de ariranhas, contribuindo com informações sobre a espécie e monitorando os grupos focais do nosso Projeto. Aliado a isso, sua experiência com a comunidade local e com a identificação de onças vem contribuindo para as ações do Projeto Ariranhas.

Caroline Leuchtenberger – Bióloga. Coordenadora e fundadora do Projeto Ariranhas e professora no Instituto Federal Farroupilha. Desde 2006 vem conduzindo atividades de pesquisa com a espécie, que foi seu objeto de estudo durante o mestrado e o doutorado. A partir de 2013 passou a ser coordenadora da espécie no grupo de especialistas em Lontras da IUCN. Carol também assessorou o desenvolvimento do Plano de Ação Nacional para Conservação de Ariranhas junto ao ICMBio e o Plano Estratégico Global de Conservação de Lontras realizado pela IUCN. Além disso, Carol participa do projeto de reintrodução de ariranhas coordenado pelo grupo CLT (Conservation Land Trust) e realizado em Iberá, na Argentina.